“O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,a vida presente”. Carlos Drummond de Andrade
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
Imperialismo na América Latina
A América Latina
A
América Latina, cuja independência política fora adquiri da no primeiro quartel
do século XIX, continuou produzindo minerais e gêneros agrícolas para o mercado
externo, nos moldes do período colonial mercantilista porém, sem a presença da
Espanha e de Portugal, substituídos pela burguesia européia, principalmente
inglesa. a penetração financeira se deu através de empréstimos, aparelhamento
de portos, investimentos em transportes e serviços urbanos. a intermediação era
feita pelas classes dirigentes locais, sem necessidade de administração direta
por parte das potências européias.
0
Brasil não fugiu à regra. de 1822 a 1930 (império e 1a. república), o país
continuou a fornecer à Europa e aos Estados Unidos café, açúcar e a importar
manufaturados. a elite dominante brasileira, formada por fazendeiros e
exportadores de café e de açúcar, defendia o livre comércio e não se interessou
em incentivar a industrialização do país. os governos da república, nas mãos da
burguesia cafeeira paulista, buscaram empréstimos na Inglaterra para financiar
a expansão da cafeicultura, melhorar os portos, abrir ferrovias e criar
serviços urbanos que atendessem ao setor agro-exportador, o que representava
ótimos investimentos para banqueiros, industriais e acionistas britânicos,
criando, ao mesmo tempo, forte dependência econômica.
A IDÉIA DE PROGRESSO
A Europa,
deixando de lado o resto do mundo, estava dividida evidentemente em “nações” cujas
aspirações em fundar Estados não deixava, pelo certo ou pelo errado, nenhuma
dúvida, e em “nações” a cerca das quais havia uma boa dose de incerteza quanto
a aspirações semelhantes. O melhor guia para o primeiro tipo era o fato
político, a história institucional ou a história cultural das tradições. A
França, Inglaterra, Espanha e Rússia eram inegavelmente “nações” porque
possuíam Estados identificados com os franceses, ingleses, etc. (...)
A Alemanha
era uma nação por força de que seus numerosos principados (apesar de nunca
unidos em um único estado territorial) terem constituído outrora o então
chamado “Sagrado Império Romano da Nação Germânica” e formado por outro lado a
Federação germânica, mas também porque todos os alemães de educação elevada
partilhavam a mesma língua escrita e literatura. A Itália, apesar de nunca ter
sido uma entidade política enquanto tal, possuía talvez a mais antiga das
literaturas comuns à sua própria elite. (...)
O critério
“histórico” de nacionalidade implicava portanto a importância decisiva das
instituições e da cultura das classes dominantes ou elites de educação elevada,
supondo-as identificadas, ou pelo menos não muito obviamente incompatíveis, com
o povo comum. Mas o argumento ideológico para o nacionalismo era bem diferente
e muito mais radical, democrático e revolucionário. Apoiava-se no fato de que,
o que fosse que a história ou a cultura pudessem dizer, os irlandeses eram
irlandeses e não ingleses, os tchecos eram tchecos e não alemães, os
finlandeses não eram russos e nenhum povo deveria ser explorado ou dirigido por
outro. (...)
O ponto
significativo aqui é que a típica nação “a-histórica” ou “semi-histórica” era
também uma pequena nação, e isto colocava o nacionalismo do século XIX diante
de um dilema que tem sido raramente reconhecido. Pois os grandes defensores da
“nação-estado” entendiam-se não apenas como nacional, mas também como
“progressista”, isto é, capaz de uma economia, tecnologia, organização de
Estado e força militar viáveis, ou em outras palavras, que precisava ser
territorialmente grande. Terminava por ser, na realidade, a unidade
“natural”'do desenvolvimento da sociedade burguesa, moderna, liberal e progressista.
“Unificação”, assim como “independência”, era o princípio básico, e onde
argumentos históricos para unificação não existissem – como era o caso da
Alemanha e Itália – esta era, quando possível, formulada como um programa.
(...)
O argumento
mais simples daqueles que identificavam nações-estados com o progresso era
negar o caráter de “nações reais” aos povos pequenos e atrasados, ou então
argumentar que o progresso iria reduzi-los a meras idiossincrasias dentro das
grandes “nações reais”, ou mesmo levá-los a um desaparecimento de fato por
assimilação a algum Kulturvolk. Isso não parecia fora da realidade. Depois de
tudo, a participação como membro na Alemanha não impedia os mecken-burgueses de
falar em seu dialeto, que era mais próximo do holandês que do alto-alemão e que
nenhum bávaro conseguia entender, como também não evitava que os eslavos
lusatianos não aceitassem (como ainda discutem) um estado basicamente alemão. A
existência dos bretões, e uma parte dos bascos, catalães e flamengos, para não
mencionar aqueles que se comunicam em provençal ou na Langue d’oc, parecia
perfeitamente compatível com a nação francesa da qual faziam parte, e os
alsacianos criaram um problema apenas porque uma outra grande nação-estado – a
Alemanha – disputava-os. Além disso, havia exemplos de pequenos grupos
lingüísticos, cujas elites de instrução elevada olhavam para frente sem
remorsos em relação ao desaparecimento de seus próprios idiomas. Muitos
gauleses em meados do século XIX estavam resignados a isto, e alguns viam mesmo
com prazer este processo, na medida em que facilitasse a penetração do
progresso numa região atrasada.
Havia um
forte elemento de diferenciação e talvez um mais forte de patrocínio especial
em tais argumentos. Algumas nações – as maiores, as “avançadas”, as
estabelecidas, incluindo certamente a própria nação do ideólogo – estavam
destinadas pela história a prevalecer ou (se o ideólogo preferisse uma conceituação
darwinista) a serem vitoriosas na luta pela existência; e outras não. Todavia
isso não deve ser entendido como simplesmente uma conspiração de parte de
algumas nações para oprimir outras, embora porta-vozes das nações desprezadas
não devessem ser repreendidos por pensar assim. Pois o argumento era dirigido
não apenas contra as línguas e culturas regionais das nações como também contra
intrusos; também não pretendia seu desaparecimento, mas apenas seu
“rebaixamento” da qualidade de “língua” para a de “dialeto”. Cavour não negou
aos habitantes da Savóia o direito de falar sua própria língua (mais próxima do
francês do que do italiano), numa Itália unificada: ele mesmo falava-a por
razões domésticas. Ele e outros italianos nacionalistas apenas insistiam em que
deveria haver somente uma língua e um meio de instrução oficiais, em outras
palavras o italiano, e que as outras deveriam sumir, evaporar-se da melhor
forma que pudessem. Da maneira como as coisas seguiam, nem os sicilianos nem os
sardenhos insistiram na sua nacionalidade separada, portanto seus problemas
poderiam ser redefinidos, na melhor das hipóteses, como “regionalismo”. Este
fenômeno apenas se tornou politicamente significativo uma vez que um pequeno
povo reclamou pela sua nacionalidade, como os tchecos fizeram em 1848, quando
seus porta-vozes recusaram o convite dos liberais alemães para tomar parte no
parlamento de Frankfurt. Os alemães não negaram que eles fossem tchecos. Apenas
entenderam, o que era correto, que todos os tchecos de boa cultura liam e
escreviam alemão, partilhavam da alta cultura alemã e que, portanto
(incorretamente) eram alemães. O fato de que a elite tcheca também falasse
tcheco e partilhasse da cultura do povo simples local parecia ser politicamente
irrelevante, como as atitudes do povo simples em geral e do campesinato em
particular.
[1] Hobsbawn, Eric J. A Era do Capital
(1848-1875). 3' ed., Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1982, pp. 103-6.
O imperialismo na Ásia
Caricatura da divisão da China
As
potências européias lançaram-se ao controle da Ásia, onde encontraram matérias-primas
e um grande mercado para os seus excedentes de manufaturas e capitais. Contudo,
a existência de civilizações muito desenvolvidas dificultou a conquista e
dominação do território asiático. A Grã- Bretanha concentrou sua ação na Índia,
a chamada "Jóia da Coroa". A França investiu pelo sudeste, na
Indochina. Cobiçada e disputada, a China acabou subjugada pelas potências
capitalistas, com guerras, entre as quais a Guerra do Ópio (1841), e tratados
desiguais que proporcionaram aos ocidentais direitos econômicos e políticos nas
áreas de influência. O Japão conseguiu evitar o domínio estrangeiro, apesar das
pressões norte-americanas, mas a vitoriosa ação do imperador Mutsuhito sobre os
poderes locais ligados ao xogum, conseguiu restabelecer a centralização
política. A Era Meiji industrializou e militarizou o país, alicerçando sua
política imperialista.
Na
Índia, em 1857, a Rebelião dos Cipaios (soldados indianos) foi uma importante
reação nacionalista frente ao domínio ocidental, mas os revoltosos foram sufocados
pela violenta ação inglesa que manteve a região sob controle do Império
Britânico. A principal resistência chinesa contra a presença estrangeira foi a
Guerra dos Boxers (1900), mas uma força expedicionária internacional, formada
por ingleses, alemães, russos, franceses, japoneses e norte-americanos, invadiu
o país e obrigou o governo imperial chinês a reconhecer todos os acordos e
concessões anteriormente firmados com as potências imperialistas.
Outras
Formas De Dominação Imperialista
Alem
das colônias de exploração e de povoamento, existiram outras formas de
dominação imperialista, em países onde aparentemente a independência política
foi mantida. a dominação se deu basicamente na área econômica, caracterizando
as chamadas áreas de influência e as áreas de penetração financeira.
a) as áreas
de influência
Essa
forma de dominação ocorreu em países onde o estado existente foi conservado e
com o governante local foram negociados tratados e acordos que beneficiavam a
potência colonizadora, em determinada área do país. nessa "área de
influência'', a metrópole podia atuar sob a proteção de privilégios especiais
em detrimento dos possíveis competidores europeus. foi o caso da Pérsia, que em
1907 se viu repartida em duas áreas de influência, uma russa e outra inglesa, e
da China, cujo território foi dividido em seis áreas de influência: inglesa,
francesa, alemã, italiana, russa e japonesa.
b) as áreas
de penetração financeira
em
alguns países independentes, porém não industrializados, a dominação imperialista
ocorreu através da negociação com os governos locais de acordos comerciais,
industriais ou financeiros que beneficiavam basicamente os setores exportadores
das elites locais e a burguesia dos países industrializados. nesses casos, não
houve preocupação com a dominação política.
0
caso do Egito
0 Egito, um
principado virtualmente independente, foi vítima de sua riqueza agrária e da
sua situação estratégica (situado entre o Oriente Médio e a África Negra), a
sua riqueza agrária integrou-o na economia européia como fornecedor de produtos
agrícolas. a vasta expansão do comércio egípcio atraiu levas de homens de
negócios e aventureiros prontos a conceder créditos ao governo, que pensava em
transformar o Egito num poder moderno. mas os homens de negócios extorquiram o
povo egípcio e, quando os egípcios não puderam pagar mais os juros dos
empréstimos, a gestão das --finanças públicas passou para o estrangeiro, com a
desculpa do governo egípcio estar comprometido com enormes despesas e
incapacitado de pagá-las. Como não havia FMI
na época, foi instituído um condomínio franco-inglês. Nominalmente, como
na China, a independência política subsistia, mas gradativamente os
funcionários britânicos passaram a administrar a polícia, as finanças, as
comunicações, as alfândegas e os portos.
O Imperialismo e as mudanças sociais e econômicas do século XIX
No final do século XIX e começo do XX, a sociedade
européia experimentou o aumento da população e da capacidade econômica, bem
como um progresso tecnológico e industrial sem precedentes. É a época do
capitalismo financeiro, caracterizado pela hegemonia das grandes indústrias e
dos bancos. O mercado europeu torna-se pequeno e as potências capitalistas
buscam maneiras de vender seus produtos e de investir seus excedentes de
capitais no mundo todo.
O expansionismo neocolonial subjuga muitos povos da África
e da Ásia. Países ricos e poderosos da Europa, como a Grã-Bretanha, a França, a
Bélgica e a Alemanha estendem seus domínios por todos os continentes, formando
autênticos impérios e repartindo o mundo. Japão e Estados Unidos, mesmo sem
terem formado vastos impérios, também praticam o imperialismo, demonstrando que
novas forças capitalistas começam a emergir.
Os avanços tecnológicos e o crescimento econômico
marcaram a chamada "segunda fase" da Revolução Industrial
(1860-1914). Pela primeira vez, a indústria passou a apoiar a pesquisa
científica, buscando melhorar seu rendimento. Foram descobertos o aço, o
petróleo e a eletricidade, que suplantaram o carvão e o ferro. Invenções como o
telefone, o rádio, o automóvel, o bonde e o metrô garantiram melhorias nos
sistemas de comunicação e transporte, tornando a vida mais cômoda. Os setores
industriais predominantes foram o petroquímico, o siderúrgico e o
automobilístico. O desenvolvimento tecnológico foi acompanhado pela
maquinofaturagem, produção em série, padronização, riscos de superprodução e internacionalização do capitalismo.
Essa nova fonte de energia substituiu o carvão nos
lares, na indústria e nos meios de transporte. Nos Estados Unidos, a primeira
extração petrolífera ocorreu em 1859. Utilizado inicialmente para iluminar as
ruas e as casas, rapidamente tornou-se o combustível mais utilizado, graças à
invenção do automóvel.
Os novos meios de transporte
O
descobrimento do motor a explosão revolucionou os meios de transporte. Os
trens, barcos, automóveis e aviões passaram a funcionar com derivados de
petróleo, como a gasolina, deixando para trás os velhos sistemas de transporte
a vapor. O bonde e o metrô conseguiram se impor nas grandes cidades. A
distância entre os continentes diminuiu graças ao avião, e o comércio e a
indústria se desenvolveram em nível mundial.
A
invenção do avião trouxe inegáveis benefícios, especialmente para a indústria e
para a área militar. A autoria do feito, no entanto, ainda é polêmica. Em 1903,
os irmãos Wilbur e Orville Wright, americanos, afirmaram terrealizado um vôo
(em 17 de dezembro de 1903) sem testemunhas.Distribuíram uma foto do feito e no
ano seguinte, tentaram uma demonstração para a imprensa. Em 9 de setembro,
Wilbur voou, mas a aeronave norte-americana decolava com auxílio de uma
catapulta e de um terreno em declive para ser lançada. Somente em 1910, os dois
irmãos conseguiram desenvolver uma aeronave com propulsão. Quatro anos antes,
em 23 de outubro de 1906, o brasileiro Alberto Santos Dumont levantara vôo
diante de uma comissão do Aeroclube da França em uma aeronave com propulsão
interna. Para os Estados Unidos e alguns outros países, os irmãos Wright são os
precursores da aviação. Para brasileiros e franceses, a invenção do avião é
creditada a Santos Dumont.
As
novas empresas exigiam grandes investimentos financeiros. Para isso recorriam
aos bancos, criando uma aliança entre industriais e banqueiros. Dessa união,
surge o capitalismo financeiro, que substitui o velho capitalismo de livre
concorrência pela concentração empresarial e supremacia dos bancos. Organizações
empresariais são formadas para controlar os diferentes setores da produção e
dominar o mercado internacional.
O
aumento da população e o êxodo dos camponeses para os núcleos urbanos causou, a
partir de meados do século XIX, uma mudança no aspecto das cidades. A
superfície habitável tornou-se pequena para tantos moradores e as antigas
muralhas foram derrubadas. Novos bairros residenciais foram construídos para os
burgueses, enquanto os operários se assentavam nas novas áreas industriais que,
em geral, não seguiam um plano urbanístico adequado. A iluminação elétrica, o
transporte público e os grandes edifícios tornaram-se comuns.
O
sufrágio (ou eleição) é o direito de voto dos cidadãos, uma das principais
maneiras de participação política. O sufrágio universal ou direito de votar
estendido a todos os cidadãos, era uma reivindicação dos partidos e grupos
políticos progressistas e democráticos desde o princípio do século XIX. Criticavam-se
as eleições restritas (voto censitário) que discriminavam as classes menos
favorecidas, já que apenas os segmentos sociais mais ricos votavam. As
primeiras experiências de sufrágio universal ocorreram na Europa em meados do
século XIX, mas não incluíam as mulheres. Em resposta, em vários países elas se
organizaram em grupos de protesto para reivindicar seu direito de voto: eram as
sufragistas. As mulheres só conseguiram o direito ao voto no início do século
XX.
O neocolonialismo
Entre
1875 e 1914, as grandes potências expandiram seus domínios por todos os
continentes, numa desenfreada corrida para repartir o mundo. Esses países,
especialmente Inglaterra e França, formaram autênticos impérios, unindo
exploração econômica e domínio político. As grandes riquezas das colônias, a
necessidade de dispor de territórios para onde pudesse emigrar a crescente
população européia, o desejo de supremacia, a vontade de impor sua cultura aos
povos mais atrasados e a busca por mercados consumidores e fornecedores foram
fatores que incentivaram a nova colonização.
O
impacto do imperialismo foi negativo para os povos colonizados. Mudaram seus
costumes, sua cultura e sua economia, assim como sua língua e sua religião. A
criação de fronteiras artificiais privou-os de sua identidade. Foi-lhes negado
o desenvolvimento autônomo, o que resultou no subdesenvolvimento atual, já que
só podiam se desenvolver de acordo com as necessidades dos dominadores.
A missão civilizadora
Deformando
as teorias de Darwin, o homem branco se considerava superior aos povos locais
da África e da Ásia. Julgava que sua cultura e seu progresso científico
colocavam-no acima dos colonizados e sentia-se no dever moral de
"levar" a esses povos os benefícios de sua civilização, incluindo a
religião. Era essa a justificativa ideológica do imperialismo.
os políticos, os homens de negócio e os governantes
europeus encaravam o imperialismo como um fator necessário à prosperidade
econômica e como uma forma de diminuir os graves problemas sociais de seus
países. 0 discurso de cécil rhodes, imperialista inglês, milionário e 12
ministro da colônia do cabo na áfrica do sul, proferido em 1895, mostra
claramente as raízes socioeconômicas do imperialismo:
"ontem estive no East-End
(bairro operário de Londres) e assisti a uma assembléia de desempregados. ao
ouvir ali discursos exaltados, cuja nota dominante era: pão! pão!, e ao
refletir, de regresso a casa, sobre o que tinha ouvido, convenci-me, mais do
que nunca, da importância do imperialismo... a idéia que acalento representa a
solução do problema social: para salvar os 40 milhões de habitantes do Reino
Unido de uma mortífera guerra civil, nós, os políticos coloniais, devemos
apoderar-nos de novos territórios; para eles enviaremos o excedente de
população e neles encontraremos novos mercados para os produtos das nossas
fábricas e das nossas minas. 0 império, sempre o tenho dito, é uma questão de
estômago. se quereis evitar a guerra civil, deveis tornar-vos
imperialistas." (Catani, Afrânio Mendes. 0 que é imperialismo. São
Paulo, editora brasiliense, 1982, p. 36.)
A partir da expansão marítima européia (séculos XV e XVI),
interesses econômicos nortearam a exploração do continente: metais preciosos,
matérias-primas e escravos. Com a segunda Revolução Industrial, desenvolveu-se
um novo colonialismo, legitimado pela "missão civilizadora" do homem
branco. O continente possuía enormes riquezas, mão-de-obra abundante e barata e
também um grande interesse estratégico. Os europeus ocuparam primeiro o litoral
e depois o interior, até formar verdadeiros impérios. Na Conferência de Berlim
(1884-85), as potências imperialistas fragmentaram a África, ignorando a
diversidade étnico-cultural. Fronteiras retilíneas separaram grupos e
aglutinaram rivais, acentuando os problemas. A África tornou-se um conjunto de
colônias e protetorados, com exceção apenas da Etiópia e da Libéria.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
Nada de Novo no Front
Nada de Novo no Front, é um romance do escritor alemão Erich Maria Remarque (1898-1970), um veterano da primeira guerra mundial, sobre os horrores daquela guerra e também a profunda indiferença da vida civil alemã sentida por muitos homens que retornavam das frentes de batalha.
O livro foi primeiro publicado na Alemanha em janeiro de 1929 e vendeu um milhão de cópias em menos de um ano na Alemanha, e mais outro milhão no exterior.
Em 1930 o livro, adaptado para o cinema, transformou-se no filme vencedor do Oscar daquele ano, com o título em inglês, All Quiet on the Western Front, dirigido por Lewis Milestone.
Filme Legendado
Assinar:
Postagens (Atom)