quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Questões sobre o imperialismo na África e Ásia

Que tal um teste sobre seus conhecimentos sobre o Imperialismo?

1-      Também chamado de Neocolonialismo, foi um movimento de expansão territorial, cultural e econômica de nações europeias sobre outras, a partir do século XIX. Estamos falando do (a):
Imperialismo
Primeira Guerra Mundial
Unificação Italiana
Expansão Marítima
2-    Denominação dada a divisão do continente africano entre os países imperialistas. Esta divisão teve início na segunda metade do século XIX. A alternativa que se enquadra a este conceito é o (a):
Partilha da Ásia
Partilha da África
Apartheid
Partilha da América
3-     A segunda metade do século XIX foi marcada por um período de grande prosperidade econômica. Podemos destacar duas grandes características que revelam este crescimento:
A expansão marítima e o acúmulo de metais preciosos
A ampliação do comércio inglês e o acúmulo de capitais.
A ampliação do comércio mundial e o acúmulo de capitais
O acúmulo de capitais e a expansão marítima
4-     Qual das alternativas abaixo traz a definição correta do Imperialismo do século XIX?
Visão de mundo que consiste em colocar a cultura europeia como superior a todas as outras
Movimento de expansão territorial, cultural e econômica de nações europeias sobre outras
Denominação dada aos africanos de origem holandesa e francesa.
Denominação dada aos soldados indianos que lutavam no exército inglês
5-     O Imperialismo europeu do século XIX também é conhecido como:
Guerra dos Cipaios
Guerra dos Boxeres
Colonialismo
Neocolonialismo
6-     Os principais países imperialistas eram as nações industrializadas da Europa. Dentre estes países industrializados, podemos destacar:
Estados Unidos e Japão
Inglaterra e Japão
Inglaterra e Grécia
Inglaterra e França
7-     O Neocolonialismo foi motivado pela busca de matérias-primas, mercados consumidores e mão-de-obra barata. Quais os dois continentes que mais sofreram com a expansão imperialista europeia?
África e Ásia
África e América
América e Ásia
América e Oceania
8-     Qual das alternativas abaixo traz o verdadeiro conceito de Missão Civilizadora?
Conflito anticolonialista que ocorreu na África do Sul, entre 1880 a 1902, porque os ingleses desejavam se apoderar das minas de diamante do território dos bôeres.
Reunião de países europeus, feita em 1884, para delimitar as fronteiras da África e estabelecer normas a serem obedecidas pelos países imperialistas.
Justificativa do Imperialismo, baseada na ideia de que a missão dos povos europeus era civilizar os povos africanos e asiáticos, levando a eles sua cultura, progresso e religião.
Denominação dada à tentativa de aplicar a teoria da evolução de Charles Darwin para explicar as sociedades e enquadrá-las em mais ou menos evoluídas.
9-     Quais as revoltas contra o Imperialismo ocorreram, respectivamente, na Índia e na China?
Guerra do Ópio e Revolta dos Cipaios
Revolta dos Cipaios e Guerra do Ópio
Guerra dos Bôeres e Revolta dos Cipaios
Guerra do Ópio e Guerra dos Bôeres
10-  Quais foram as principais causas da Revolta dos Cipaios?
A tentativa de converter hindus e mulçumanos indianos ao cristianismo e a lubrificação das armas com gordura de animais considerados sagrados ao hinduísmo.
Os ingleses desejavam se apoderar das ricas minas de diamante, ouro e ferro, que haviam em Mumbai.
A proibição do comércio do ópio, feito da papoula indiana, o que despertou a fúria dos ingleses.
O desejo dos ingleses de se apoderar das principais rotas das linhas de trem que cruzavam a Índia.



Fonte: Educopedia

Gabarito

1- A
2- B
3- C
4- B
5-D
6-D
7-A
8-C
9- B
10- A

A Revolta dos Cipaios

Ilustração: Os Cipaios e a luta contra o imperialismo na Índia

O imperialismo europeu na Ásia começou na Índia, por volta de 1763. Os ingleses tomaram a Índia do domínio francês e iniciaram o desenvolvimento desse país. Os europeus realmente acreditavam ter o dever de civilizar os indianos, considerados por eles como inferiores, sem cultura, bárbaros.

As melhorias inseridas na Índia pelos ingleses até o momento da Guerra dos Cipaios beneficiaram exclusivamente os homens brancos. Daí a insatisfação dos nativos, sobretudo daqueles que serviam como soldados na famosa Companhia das Índias.

Os Cipaios, sem qualquer possibilidade de ascensão, sendo tratados de maneira desigual e com a crença infundada de que os hindus e mulçumanos indianos seriam convertidos à força a uma nova religião, o cristianismo, por missionários ingleses, desejavam pôr um fim na dominação inglesa na Índia. Esses soldados revoltaram-se sob a alegação de que os cartuchos distribuídos entre a tropa tinham sido untados com óleo de gordura de vaca, e tal ato era inadmissível, visto que a vaca é um animal sagrado para os indianos.

A revolta alastrou-se e tomou uma configuração social. As tropas inglesas só conseguiram sufocar a revolta após alguns meses de luta. Após o conflito, a Índia foi transformada na sua maior parte em possessão britânica. Com isso, o poderio político e econômico britânico se estendeu, porém a revolta gerada pelos Cipaios não foi em vão, e produziu bons frutos, como a extinção da afamada Companhia das Índias.


Por Lilian Maria Martins de Aguiar  http://mundoestranho.abril.com.br

O que foi a Guerra do Ópio?


Na verdade, não foi uma guerra, mas duas - ambas travadas no século 19 na China. Nesses conflitos, Grã-Bretanha e França se aliaram para obrigar a China a permitir em seu território a venda de ópio, uma droga anestésica extraída da papoula (veja como funciona o processo no infográfico abaixo). Para britânicos e franceses, exportar ópio para a China era uma forma de compensar o prejuízo nas relações comerciais com os chineses, que vendiam aos ocidentais mercadorias muito mais valorizadas, como chá, porcelanas e sedas. Mas o governo de Pequim não via o troca-troca com bons olhos: a partir do século 18, o consumo da droga explodiu no país, causando graves problemas sociais - nem um decreto imperial de 1796 conseguiu deter a expansão do problema. A coisa pegou fogo de vez em 1839, quando o governo chinês destruiu uma quantidade de ópio que estava na mão de mercadores britânicos equivalente ao consumo de um ano. O governo da Grã-Bretanha reagiu enviando ao Oriente navios de guerra e soldados, dando origem à primeira Guerra do Ópio. Mais bem equipada, a tropa britânica venceu os chineses em 1842, obrigando-os a assinar um tratado de abertura dos portos e de indenização pelo ópio destruído - mas o comércio da droga continuava proibido. O negócio complicou de novo em 1856, quando autoridades chinesas revistaram um barco britânico à procura de ópio contrabandeado. Era a desculpa que a Grã-Bretanha precisava para declarar a Segunda Guerra do Ópio, vencida novamente pelos ocidentais em 1857. Como preço pela derrota, a China teve de engolir a legalização da importação de ópio para o país por muito tempo: o uso e o comércio da droga em território chinês só foram banidos de vez após a tomada do poder pelos comunistas, em 1949.


Ópios do ofício Extraída da papoula, droga também dá origem à morfina e heroína
1. O ópio é uma droga extraída de um tipo específico de papoula, Papaver somniferum. O local com maior concentração de seu princípio ativo é a cápsula que abriga as sementes da planta e de onde sai a flor
2. Depois que caem as pétalas da flor, os cultivadores arranham a superfície da cápsula com uma pequena faca, produzindo cortes verticais de pequena profundidade, por onde escorre um líquido leitoso e esbranquiçado.
3. Em seguida essa seiva é exposta ao sol - em geral, de um dia para o outro. Com o calor, o líquido muda de cor e consistência, virando uma massa amarronzada grudenta, parecida com cera de ouvido. É o chamado ópio bruto
4. Geralmente, a droga é consumida em cachimbos aquecidos por indução - a chama direta destrói os componentes responsáveis pelos efeito entorpecente da droga. Outras vezes, o ópio bruto é seco e moído até virar pó para ser armazenado e vendido
5. Por meio de processos químicos, o ópio bruto pode ser processado para fabricar outras drogas, como codeína (usada hoje como anestésico local por médicos e dentistas), morfina e heroína

Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-foi-a-guerra-do-opio



História do Imperialismo e Neocolonialismo


Na segunda metade do século XIX, países europeus como a Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica e Itália, eram considerados grandes potências industriais. Na América, eram os Estados Unidos quem apresentavam um grande desenvolvimento no campo industrial. Todos estes países exerceram atitudes imperialistas, pois estavam interessados em formar grandes impérios econômicos, levando suas áreas de influência para outros continentes. 

 Com o objetivo de aumentarem sua margem de lucro e também de conseguirem um custo consideravelmente baixo, estes países se dirigiram à África, Ásia e Oceania, dominando e explorando estes povos. Não muito diferente do colonialismo dos séculos XV e XVI, que utilizou como desculpa a divulgação do cristianismo; o neocolonialismo do século XIX usou o argumento de levar o progresso da ciência e da tecnologia ao mundo. 

 Na verdade, o que estes países realmente queriam era o reconhecimento industrial internacional, e, para isso, foram em busca de locais onde pudessem encontrar matérias primas e fontes de energia. Os países escolhidos foram colonizados e seus povos desrespeitados. Um exemplo deste desrespeito foi o ponto culminante da dominação neocolonialista, quando países europeus dividiram entre si os territórios africano e asiático, sem sequer levar em conta as diferenças éticas e culturais destes povos.   

Entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885 foi realizado o Congresso de Berlim. Neste encontro, os países europeus imperalistas organizaram e estabeleceram regras para a exploração da África. Na divisão territorial que fizeram, a cultura e as diferenças étnicas dos povos africanos não foram respeitadas.

Devido ao fato de possuírem os mesmo interesses, os colonizadores lutavam entre si para se sobressaírem comercialmente. O governo dos Estados Unidos, que já colonizava a América Latina, ao perceber a importância de Cuba no mercado mundial, invadiu o território, que, até então, era dominado pela Espanha. Após este confronto, as tropas espanholas tiveram que ceder lugar às tropas norte-americanas. Em 1898, as tropas espanholas foram novamente vencidas pelas norte-americanas, e, desta vez, a Espanha teve que ceder as Filipinas aos Estados Unidos. 

 Um outro ponto importante a se estudar sobre o neocolonialismo, é à entrada dos ingleses na China, ocorrida após a derrota dos chineses durante a Guerra do Ópio (1840-1842). Esta guerra foi iniciada pelos ingleses após as autoridades chinesas, que já sabiam do mal causado por esta substância, terem queimado uma embarcação inglesa repleta de ópio. Depois de ser derrotada pelas tropas britânicas, a China, foi obrigada a assinar o Tratado de Nanquim, que favorecia os ingleses em todas as clausulas. A dominação britânica foi marcante por sua crueldade e só teve fim no ano de 1949, ano da revolução comunista na China. 


Como conclusão, pode-se afirmar que os colonialistas do século XIX, só se interessavam pelo lucro que eles obtinham através do trabalho que os habitantes das colônias prestavam para eles. Eles não se importavam com as condições de trabalho e tampouco se os nativos iriam ou não sobreviver a esta forma de exploração desumana e capitalista. Foi somente no século XX que as colônias conseguiram suas independências, porém herdaram dos europeus uma série de conflitos e países marcados pela exploração, subdesenvolvimento e dificuldades políticas.


Fonte: http://www.suapesquisa.com/historia/imperialismo/


domingo, 8 de novembro de 2015

Chuta que é Macumba. Cuidado para não quebrar o Pé!


            Calma, eu explico. É que Macumba é uma árvore sagrada da África, onde os negros se reuniam para fazer suas orações. Aliás, árvore muito parecida com a formosa Copaíba que temos na Avenida Getúlio Vargas, aqui em Bauru. 
            Bom, agora que você já sabe isso, os que iam à Macumba eram os – adivinhe – macumbeiros. Isso mesmo. Poxa, e você utilizando esse termo sem saber. Mas tem mais, Macumba também foi o nome dado aos primeiros instrumentos de percussão, muito parecidos com os atabaques de hoje. Eles eram confeccionados com a Madeira da árvore sagrada e usados nos cultos em louvor aos Orixás. O fato é que durante três séculos, milhões de africanos foram escravizados e trazidos para o território brasileiro por colonizadores europeus. A religião foi um fator fundamental para a preservação dos costumes africanos, e tornou-se símbolo da resistência de povos que foram massacrados ao longo da história do nosso país, mas que exerceram importante papel para a formação da identidade e da cultura brasileira. É por isso que se fala muito que o povo brasileiro tem um pezinho na senzala. Eu arriscaria dizer que muitos têm também uma mãozinha no terreiro, pois a cultura religiosa afro-brasileira está enraizada em todo nosso país. Portanto, em nossa cidade, não é diferente. 
            Poucos são os que nunca fizeram uso de uma fitinha vermelha contra mau-olhado, cruzaram os dedinhos para torcer por alguma coisa, ou nunca tiveram um vasinho de sete ervas em casa. Você pode não ter percebido, mas o salzinho grosso atrás da porta não tem nada a ver com herança de uma religião européia. 
            Bauru possui cerca de oitocentos templos de Umbanda e Candomblé, espalhados por toda cidade, mas as lembranças de uma época de grande perseguição às religiões afro-brasileiras fizeram que se tornassem quase invisíveis. A grande maioria não possui identificação em suas fachadas e aparentam, propositalmente, residências. Mas invisíveis ou não estão aí, provavelmente bem ao lado da sua casa. Agora já sabe o que é Macumba. Madeira nobre e resistente. Pode machucar o pé, portanto, é melhor não chutar. Mas, melhor mesmo, é quando você não chutar nada. Quando você respeitar as pessoas por suas atitudes, posturas, ideais, e, principalmente, por seus corações. Respeite – e não apenas tolere - pois como disse Saramago: “Quando se tolera apenas se concede, e essa não é uma relação de igualdade, mas de superioridade de um sobre o outro."


 Fonte: Jornal Bom Dia por Ricardo Barreira