sexta-feira, 7 de maio de 2021

A Pré-História

Os antigos historiadores chamaram o período que vai do surgimento do homem no planeta até a invenção da escrita de Pré-História. Esse termo é muito criticado atualmente porque passa a ideia de que antes da escrita os homens não produziam história, o que é um grande erro, pois todos os seres humanos produzem história.

Para estudarmos a Pré-História, usamos várias áreas do conhecimento, como a arqueologia, antropologia, paleontologia e outros estudos . Como vimos, os grupos de seres pré-históricos são chamados de hominídeos, que são caracterizados por serem semelhantes ao homem atual, sendo os hominídeos do gênero Ardipithecus e Australopithecus os mais antigos, com cerca de 5 a 4 milhões de anos presentes na Terra. Eles eram hominídeos que possuíam características de coletores e caçadores, não se fixavam em um local, por isso eram praticantes do nomadismo. 

Antropologia: ciência do homem no sentido mais lato, que engloba origens, evolução, desenvolvimentos físico, material e cultural, fisiologia, psicologia, características raciais, costumes sociais, crenças etc.

Arqueologia: ciência que, utilizando processos como coleta e escavação, estuda os costumes e culturas dos povos antigos através do material (fósseis, artefatos, monumentos etc.) que restou da vida desses povos.

Nomadismo: é um estilo de vida em que as pessoas não possuem habitação fixa denominando essas pessoas como nômades.

Paleontologia: ciência que estuda as formas de vida existentes em períodos geológicos passados, a partir dos seus fósseis.

Períodos da Pré-História

Pintura rupestre do período pré-histórico, no interior da Caverna de Lascaux, na França (Foto: Wikipedia)

“Existe um divisão da era pré-histórica que classifica os períodos em: Paleolítico ou Período da Pedra Lascada, Neolítico ou Período da Pedra Polida e Idade dos Metais.

Período Paleolítico

O período Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada foi o período em que os primeiros hominídeos apareceram na terra. Esse período perdurou por cerca de 3 milhões de anos, terminando aproximadamente em 10.000 a.C., quando houve Revolução Neolítica. Durante o período paleolítico, os antepassados do homem começaram a se diferenciar dos outros animais. Foi nessa época que eles passaram a produzir os primeiros objetos em pedra lascada.

Na Idade da Pedra Lascada, os hominídeos eram essencialmente nômades e viviam da caça e da coleta, tendo que se deslocar em busca de alimentos. Nesse período, eles produziram os primeiros instrumentos de caça feitos em madeira, osso ou pedra. 

Período Neolítico

O período Neolítico ou Idade da Pedra Polida foi marcado pelo surgimento das primeiras civilizações. Nesse período, o homem conquistou o domínio do fogo e começou praticar a agricultura, deixando de ser dependente da caça e da coleta. A Idade da Pedra Polida teve início por volta do ano 10.000 a.C. 

Idade dos Metais

Esse período foi caracterizado pela fabricação do primeiros instrumentos em metais. Ainda que de forma rudimentar, nesse período o homem começou a dominar as técnicas de fundição. A Idade do Metais foi o período em que a população cresceu em algumas partes da terra. Assim surgiram as primeiras comunidades, que deram origem às primeiras civilizações.

Fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/divisao-da-historia

sexta-feira, 12 de março de 2021

O estudo da História


            Vamos lá então. Você tem estudado várias disciplinas e conteúdos até aqui. Uma dessas disciplinas é História. Mas o que é a História? Por que é importante estudar História? Por que pode ser legal estudar História?



            Um dos grandes historiadores que tivemos chamado Marc Bloch disse que a História estuda o ser humano no tempo. Ou seja, a História é a área do conhecimento que procura saber, entender como a humanidade se organizou em sociedade através do tempo e as transformações dessa sociedade. A História é importante porque ela nos ajuda a compreender o porquê vivemos da forma que vivemos hoje em dia. A história é o fruto das ações, lutas, escolhas e construções das sociedades.

 

Historiador é o profissional encarregado de estudar, pesquisar e analisar os acontecimentos do passado e seus impactos e relevância para a época atual. 

 

            Tá confuso? Vamos pensar. Você vive no Brasil, fala a língua portuguesa. Mas por que falamos o português e não o espanhol, o inglês ou o coreano? Estudando a história do Brasil você vai conseguir entender essas questões. Ou seja, o estudo do passado é importante para lidarmos com a vida  presente. Muitas respostas sobre o hoje estão lá atrás.

            Você pode me perguntar: Como saber que o que a gente lê nos livros de história é verdadeiro? Qual a diferença da História que vamos estudar aqui das histórias de ficção, dos filmes, dos romances?

            Através de um método de pesquisa, o historiador procura validar as informações, ou seja, comprovar que elas aconteceram de verdade. Para isso, ele se utiliza das fontes históricas. 

As fontes históricas( ou documentos históricos) são vestígios(marcas) do passado que permitem que o historiador estude esse período. É o local ou instrumento de onde tiramos as informações.

            Por exemplo, se formos estudar quem é você, teremos que fazer uma pesquisa sobre onde você nasceu, quem são seus pais, os hábitos que você tem. Como descobrir isso? Pegando fotografias antigas suas, vendo sua certidão de nascimento, conversando com pessoas que te conhecem desde pequenininho. As fotografias, certidão de nascimento, entrevistas são as fontes históricas sobre você. Entendeu?

          


  Para estudarmos a história da sociedade fazemos a mesma coisa. Pesquisamos fotografias antigas, jornais da época, filmes, casas antigas, pinturas rupestres, entrevistas. É assim que o historiador faz para recontar o que já aconteceu. Ele não pode simplesmente inventar as coisas e escrever, diferentemente do autor de romances.

            Existem vários tipos de fontes históricas. Temos as fontes históricas escritas, que são documentos que possuem frases e textos. Podemos citar cartas, letras de músicas, jornais, revistas etc. Temos também as fontes históricas materiais que são todas as coisas produzidas pelo homem desde que ele surgiu na Terra. Exemplos: esculturas, pinturas rupestres. E por último, mas não menos importante, temos as fontes históricas orais, que como o nome indica, são aquelas informações obtidas através da fala, da narrativa, da memória. Essa é uma das formas de se pesquisar sociedades que não possuem o domínio da escrita. Através desse tipo de fonte histórica podemos perceber como aquela sociedade viveu e explicou sua existência. Lendas, mitos, entrevistas, são exemplos de história oral.

            Percebeu como a História se faz de forma séria? Em um mundo dominado pelas notícias falsas(as chamadas fakes news) como o nosso, a pesquisa histórica é importante para nós entendermos que o conhecimento não é uma questão de opinião e sim de investigação, de pesquisa de dados para confirmar o que está sendo dito. Por isso estudar história é legal e necessário. 


Quer saber mais? 

Fontes Históricas

quarta-feira, 3 de março de 2021

I- O poder local dos coronéis


Durante toda a República Velha - de 1889 a 1930 - as mes­mas oligarquias mantiveram o domínio político no país Isso só foi possível porque a oposição foi mantida longe de poder. Para tanto, o governo contava com a ajuda dos coro­néis, os grandes proprietários de terra que controlavam a vida dos municípios.

Figura respeitada e temida no interior do país, o coronel tinha à sua volta numerosos dependentes: empregados, tra­balhadores da vizinhança e moradores da cidade (pequenos comerciantes, delegado, padre etc.). Era ele quem conseguia emprego, nomeações, proteção contra a ação da justiça e con­tra inimigos. Em troca, o coronel exigia da "sua gente" fideli­dade total, especialmente nas eleições, quando todos deveri­am votar nos candidatos indicados por ele.

O eleitor era pressionado de diversas formas, desde o su­borno com favores e presentes até a ameaça física. Como o voto era aberto, sabia-se no ato da votação qual era a escolha do eleitor . Tornava-se quase impossível contrariar a von­tade do coronel. O chamado voto de cabresto (voto forçado) e o clientelismo (as relações de dependência e troca de favores entre o coronel e os eleitores) garantiam a vitória eleitoral das oligarquias e a sua manutenção no poder.

Quanto maior o número de votos obtidos para a oligarquia, maior era o prestígio do coronel junto ao governo estadual, que em troca concedia-lhe favores e liberava verbas para o mu­nicípio . O controle de um grande "curral eleitoral" era a base do poder político dos coronéis e, para muitos, a única força que possuíam, já que nem todo coronel era rico. Se o eleitora­do fosse pequeno, usavam-se artifícios para aumentá-lo: obri­gavam-se os eleitores a votar em duas ou mais seções, conta­vam-se os votos de pessoas falecidas, davam-se títulos a me­nores de 21 anos e a analfabetos etc. .

No caso de um candidato "indesejável" ser eleito, havia ainda outro recurso para eliminá-lo: a Comissão de Verifica­ção dos Poderes ["^j. Ela tinha a função de apurar a veracida­de do resultado das eleições e podia impedir a posse de um candidato eleito, em caso de fraude ou irregularidade. Durante a República Velha, a comissão foi usada para a "degola" (im­pedimento) dos candidatos eleitos da oposição. Só eram reconhecidos e empossados os candidatos oficiais.