terça-feira, 23 de abril de 2013

Resumo da Segunda Guerra Mundial via Facebook

E como seria a comunicação na Segunda Guerra Mundial se houvesse Facebook como meio de comunicação entre os envolvidos?
O Paulo Alexandre do blog http://historiablog.wordpress.com/ imaginou. Veja o resultado:


A Segunda Guerra




domingo, 7 de abril de 2013

A Revolução Francesa

      
   Em 1789, eclodiu a revolução que acabou com o poder da nobreza e da monarquia absoluta francesa, representada por Luís XVI. Durante dez anos (1789-1799), os cidadãos franceses tentaram consolidar um novo regime político baseado nos princípios do Iluminismo: tolerância, respeito aos direitos individuais perante o Estado, igualdade diante da lei e participação da vida pública. No entanto, diversos governos se sucederam sem que esses princípios se consolidassem por completo. A Revolução Francesa acabou com o golpe militar de Napoleão e conseguiu difundir pelo mundo idéias que permanecem até hoje como base das atuais democracias. Os ideais burgueses triunfaram a partir de uma revolução tipicamente burguesa, mas que contou com a participação direta das camadas médias e populares. O fim do Antigo Regime na França e a tomada do poder pela burguesia representam o fim dos últimos entraves ao avanço capitalista.

 Antecedentes

 No final do século XVIII, cerca de 98% da população pertence ao Terceiro Estado, que reúne grandes e pequenos burgueses, trabalhadores urbanos e camponeses. Ele arca com os pesados impostos que sustentam o rei, o clero (Primeiro Estado) e a nobreza (Segundo Estado). A população também sofre com os abusos do absolutismo de Luís XVI (1754-1793). A burguesia detém o poder econômico, mas perde as disputas políticas para o clero e a nobreza, que se aliam nas votações - um voto para cada Estado. Estimulada pelos ideais do iluminismo, revolta-se contra a dominação da minoria. A partir de 1786, o país enfrenta uma série de dificuldades econômicas, como a crise da indústria e uma seca que reduz a produção de alimentos. Em 1788, o rei convoca a Assembléia dos Estados Gerais, um ano depois que os nobres, na Assembléia dos Notáveis, se recusam a aceitar medidas contra seus privilégios.


 Os Estados Gerais começam seus trabalhos em maio de 1789, no Palácio de Versalhes. Em junho, a disposição de liquidar o absolutismo e realizar reformas leva a bancada do Terceiro Estado a auto-proclamar-se Assembléia Nacional Constituinte. A população envolve-se, e as revoltas em Paris e no interior, causadas pelo aumento do preço do pão, resultam na Tomada da Bastilha, em 14 de julho, marco inicial da Revolução. Grande parte da nobreza sai do país. Em agosto de 1789, a Constituinte anula os direitos feudais ainda existentes e aprova a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Essa declaração reconhece a igualdade perante a lei, a liberdade de expressão e de consciência, o direito à propriedade privada e a participação dos cidadãos na vida pública mediante a eleição dos seus representantes. Pela primeira vez na França, a soberania - ou seja, o poder de elaborar as leis - era atribuído à nação e não ao rei.. Em setembro de 1791 é finalizada a Constituição, que conserva a Monarquia, mas institui a divisão do poder (Executivo, Legislativo e Judiciário), proclama a igualdade civil e confisca os bens da Igreja.
 A tomada da Bastilha

Girondinos e jacobinos              

A unidade inicial do Terceiro Estado contra o Antigo Regime dá lugar a uma complexa composição partidária, que evolui conforme os vários momentos da revolução. Os girondinos, que se sentam à direita do plenário, representam a alta burguesia, são mais conservadores e combatem a ascensão dos sans-culottes (o povo). Os jacobinos, à esquerda, representam a pequena e média burguesia e buscam ampliar a participação popular no governo. Republicanos radicais são liderados por Robespierre (1758-1794) e apoiados pelos cordeliers, líderes das massas populares de Paris. Os deputados do centro, que oscilam entre jacobinos e girondinos, recebem o apelido de grupo do pântano.

Monarquia constitucional             

Em abril de 1792, os monarquistas patrocinam a declaração de guerra à Áustria, como possibilidade de voltar ao poder. Austríacos e prussianos invadem a França com o apoio secreto de Luís XVI, mas são derrotados pelos populares. Os sans-culottes, liderados por Marat (1743-1793), Robespierre e Danton (1759-1794), assumem o governo. Criam a Comuna de Paris em agosto de 1792 e organizam as guardas nacionais. Radicaliza-se a oposição aos nobres, considerados traidores. Em setembro, o povo invade as prisões e promove execuções em massa.

República jacobina   

Forma-se nova Assembléia, a Convenção, entre 1792 e 1795, para preparar outra Constituição. Os girondinos perdem força, e a maioria fica com os jacobinos, liderados por Robespierre e Saint-Just (1767-1794). Os montanheses, uma facção dos jacobinos, proclamam a República em 20 de setembro de 1792. Luís XVI é guilhotinado em janeiro de 1793. Começa o Período do Terror, que dura de junho de 1793 a julho de 1794. Sob o comando ditatorial de Robespierre são criados o Comitê de Salvação Pública e o Tribunal Revolucionário, encarregado de prender e julgar os traidores. A Comuna aprisiona e guilhotina 22 líderes girondinos e até jacobinos, como Danton e Desmoulins (1760-1794), acusados de conspiração. Poucos meses após a morte de Danton, em julho de 1794 - dia 9 do novo mês Termidor -, Robespierre e Saint-Just também são presos e guilhotinados. Com a execução de Robespierre chega ao fim a supremacia jacobina. Os girondinos, em aliança com o grupo do pântano, instalam no poder a alta burguesia.

 Burguesia no poder

Os clubes jacobinos são fechados e nova Constituição é redigida (1795), instituindo outro governo, o Diretório (1795-1799), que consolida as aspirações da burguesia. Nesse período, o país sofre ameaças externas. Para manter seus privilégios, a burguesia entrega o poder ao general Bonaparte. Este, aproveitando-se das fraquezas do governo, promove um golpe de estado (18-19 Brumário, em 9 e 10 de novembro) e institui um novo regime na França: é o período do Consulado, no qual nomeia a si próprio Cônsul e ganha poderes ditatoriais, instituindo mudanças na Constituição, primeiramente em 1802, quando se torna Cônsul em caráter vitalício. Em seu governo, mostra grande habilidade e talento político, ora tomando medidas despóticas, tendo aniquilado a oposição e restabelecendo a escravidão nas colônias francesas, ora promovendo reformas administrativas e legislativas, sendo exemplo destas últimas o Código Napoleônico, que consolidou os ideais da Revolução.  O Código era um sistema de leis que regulava a propriedade privada e o trabalho. O código não melhorou a posição dos trabalhadores, nem tão pouco das mulheres. Ele dizia expressamente que a mulher devia obedecer ao marido. Para o burguêsela  fazia parte de sua propriedade, tal como o dinheiro no banco e o prédio da fábrica.

  O Período Napoleônico


Em 1804 é proclamado Napoleão I, imperador da França, sob os protestos das monarquias hereditárias européias. Iniciou-se então um período de grande regressão das liberdades conquistadas pela Revolução na França. Napoleão já empreendia uma franca política expansionista. Procurando consolidar sua hegemonia na Europa, combateu uma nova aliança entre a Inglaterra, a Áustria e a Rússia. Venceu as duas últimas na Batalha de Austerlitz em 1805. Cria também a Confederação do Reno, formada por diversos estados da Alemanha. Isto faz com que a Prússia entre em guerra, mas seus exércitos são vencidos por Napoleão. Concede os tronos de Nápoles e da Holanda a José e Luís Bonaparte, seus irmãos, difundindo então o Código Napoleônico por diversos reinos europeus.

Em 1806 determina o Bloqueio Continental contra a Inglaterra, privando esta de relações comerciais com os países do continente. Não atendendo ao Bloqueio Continental, Portugal é conseqüentemente invadido pelos franceses, acarretando a fuga da família real portuguesa ao Brasil e a transferência daquele reino para o território brasileiro. Em 1810, Napoleão separa-se de Josefine para casar-se com Maria Luísa, filha do Imperador da Áustria, que então se alia à França. Em 1812, Napoleão declara guerra à Rússia, que desobedecia ao Bloqueio Continental. Aí ocorre uma grave derrota militar de Napoleão: seus exércitos chegam a invadir Moscou com sucesso, porém encontram a cidade destruída pelo fogo, ao passo em que o rigoroso inverno chegava. Assim, os exércitos de Napoleão não teriam condições de prosseguir em direção a São Petersburgo. Em sua retirada, ocorrem muitas baixas, dadas as condições climáticas severas e a escassez de alimentos e recursos. O declínio de Napoleão e do poderio francês inicia-se neste período, quando a França passa a perder o controle sobre vários territórios, como na derrota em Leipzig, após a qual perderia o domínio sobre a Alemanha, ao passo que surgia uma aliança de toda a Europa contra o poderio francês. A França, por fim, é invadida e, em 30 de março de 1813, o rei da Prússia e o Czar da Rússia conseguem chegar a Paris. Napoleão é forçado a abdicar, posteriormente partindo em exílio para a ilha de Elba.

Na França, ocorre uma tentativa de restauração da dinastia dos Bourbons, porém as notícias do descontentamento geral com o novo regime faz com que Napoleão volte à França, derrotando as tropas enviadas contra ele. De volta ao controle da França, em que permaneceria por apenas cem dias, procura realizar reformas constitucionais e manter a paz, mas diversas nações européias aliadas contra a França não aceitam seu retorno e empreendem novas batalhas. Por fim, Napoleão é finalmente derrotado na famosa Batalha de Waterloo em 18 de junho de 1815, rendendo-se em 15 de julho. Parte em exílio definitivo para a ilha de Santa Helena, onde permaneceria até sua morte em 5 de maio de 1821. Mesmo com a queda do Império Napoleônico, em 1815, e a ameaça de restauração monárquica pelas potências européias vencedoras, a burguesia retoma o controle do governo francês em 1830. O Estado burguês, construído por Napoleão Bonaparte, permanece. Para muitos historiadores, a Revolução Francesa é o auge de um amplo movimento revolucionário que consolida uma sociedade capitalista, liberal e burguesa. Atinge outros países, como a Inglaterra e os EUA, e chega à França com maior violência e ideais mais bem delineados. Os movimentos pela independência da América Espanhola também são reflexos dessas transformações.       

Os princípios da Revolução Francesa podem ser expressos simbolicamente neste slogan: "Liberdade, igualdade, fraternidade". A liberdade dos indivíduos baseia-se na igualdade perante a lei. A fraternidade entre as pessoas só pode existir se houver respeito à liberdade de cada uma e se todas forem tratadas da mesma maneira. Os regimes políticos democráticos de hoje se inspiram nesses mesmos princípios.
 Fonte:?

sexta-feira, 5 de abril de 2013

A CRISE DE 1929 E A GRANDE DEPRESSÃO


A depressão econômica que os Estados Unidos sofreram na década de 30 pôs fim aos felizes anos 20 (rolling twenties), época de bonança econômica e culto ao american way of life, baseado no consumismo. A crise, iniciada com a quebra da Bolsa de Nova York, levou milhares de pessoas ao desemprego, arruinou comerciantes e agricultores, provocou a falência de numerosas empresas e bancos e multiplicou as tensões sociais. Esses efeitos também foram sentidos na Europa. A crise foi superada graças à política econômica conhecida como New Deal, aplicada pelo presidente Franklin Delano Roosevelt a partir de 1933.

Nos Estados Unidos, os felizes anos 20 (1924-1929) foram marcados pela prosperidade econômica. A melhora do nível de vida foi alcançada graças à espetacular evolução da técnica, à organização do trabalho, ao desenvolvimento das indústrias química, mecânica e elétrica, à concentração de empresas, ao consumismo acelerado e ao crescimento industrial norte-americano, estimulado pelo forte protecionismo .

O american way of life (ou "estilo de vida americano") foi desenvolvido na década de 20, amparado pelo bemestar econômico que desfrutavam os Estados Unidos. O sinal mais significativo deste way of life é o consumismo, materializado na compra exagerada de eletrodomésticos e veículos.


O crack da Bolsa

Em 24 de outubro de 1929, conhecido como Quinta-feira Negra, as ações da Bolsa de Nova York começaram a cair lentamente. Uma tendência constante provocada pela decisão dos especuladores de vender suas ações a fim de recuperar o dinheiro investido com grande lucro. O crescimento das vendas diminuiu o valor das ações. Sem conseguir conter a queda da Bolsa, os acionistas começaram a vender para perder o mínimo. Em alguns meses, as principais ações da Bolsa perderam até 90% de seu valor. A insistência dos empresários norte-americanos em manter o mesmo ritmo de produção alcançado durante a Primeira Guerra ocasionou a crise. Além disso, o governo – que adotava uma política liberal – não interferia na produção. Mesmo no período anterior à crise, o aumento do nível de vida não atingiu todos os norte-americanos. O grande desemprego entre os operários e a ruína de numerosos agricultores, devido à saturação de mercado e à queda das exportações, foram os primeiros sinais da crise que avançava. A quebra da Bolsa em 1929 foi o estopim de uma crise geral da economia norte-americana, causada pela superprodução e pelo subconsumo, com desdobramentos sociais e políticos.

O crack da Bolsa de Valores de Nova York provocou uma profunda crise econômica. As pessoas não conseguiam pagar as dívidas, causando a quebra de milhares de bancos e o fechamento do comércio. Ao mesmo tempo, diminuiu a produção industrial e aumentou o desemprego que, em 1933, alcançou cerca de 14 milhões de norte-americanos.
A partir de 1930, a crise da economia norte-americana afetou os países europeus. A queda dos preços das matérias-primas, dos produtos agrícolas e das exportações européias aos Estados Unidos provocaram a quebra de numerosos bancos e o fechamento de empresas na Europa e na América. No Brasil, as exportações de café caíram drasticamente, uma vez que os norte-americanos eram os maiores compradores do produto. Alguns países adotaram uma política de intervenção do Estado na economia para amenizar os efeitos da crise. O único país que escapou dos efeitos do crack de 1929 foi a União Soviética, por causa da política de isolamento (cordão sanitário) adotada pelas nações capitalistas após a Primeira Guerra Mundial.

Os efeitos da crise econômica causaram uma crise social que se manifestou no aumento de conflitos e de protestos. Milhares de pessoas, arruinadas economicamente, foram obrigadas a viver em acampamentos e eram alimentadas por organizações humanitárias. Alguns norte-americanos que perderam todo o dinheiro com a quebra da Bolsa de Nova York se suicidaram.

A busca de soluções
Para superar a crise econômica, Franklin Delano Roosevelt empreendeu, em 1932, um programa de reformas conhecido como New Deal. Em uma primeira fase, desvalorizou o dólar, diminuiu a dívida dos agricultores e reduziu a produção de excedentes agrícolas mediante subvenções. Posteriormente, criou novos complexos industriais e começou um programa de construção de obras públicas para reduzir o desemprego. Finalmente, garantiu o direito de greve e instituiu o seguro-desemprego e seguros de invalidez e de velhice. Impulsionador do New Deal, Roosevelt, que vencera as eleições presidenciais norte-americanas de 1932 pelo Partido Democrata, foi reeleito em 1936, 1940 e 1944.


O New Deal, que literalmente significa "nova partilha", consistiu na substituição do liberalismo econômico clássico de Adam Smith, no qual o Estado não pode intervir na economia, por um sistema misto, de respeito à iniciativa privada, mas com a intervenção do Estado nos assuntos econômicos, além de uma forte política social
Fonte:.?

terça-feira, 2 de abril de 2013

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão - 1789


Este documento que tornou-se um clássico para as democracias do mundo contemporâneo, foi aprovado no dia 26 de agosto de 1789, pela Assembléia Constituinte, no contexto inicial da Revolução Francesa. Seus princípios iluministas tinham como base a liberdade e igualdade perante a lei, a defesa inalienável à propriedade privada e o direito de resistência à opressão.
Eis aqui a íntegra desse importante documento:
A Assembléia Nacional reconhece e declara em presença e sob os auspícios do Ser Supremo, os direitos seguintes do homem e do cidadão:
I
Os homens nascem e permanecem livres e iguais perante a lei; as distinções sociais não podem ser fundadas senão sobre a utilidade comum.
II
O fim de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem; esses direitos são: a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.
III
O Princípio fundamental de toda autonomia reside essencialmente na nação; nenhuma corporação, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que ela não emane expressamente.
IV
A liberdade consiste em fazer tudo que não perturbe a outrem. Assim, os exercícios dos direitos naturais de cada homem não tem limites senão os que asseguram aos outros membros da sociedade o desfrute desse mesmo direito; esses limites não podem ser determinados senão por lei.
V
A lei só tem o direito de proibir as ações que prejudiquem a sociedade.
Tudo quanto não for impedido por lei não pode ser proibido e ninguém é obrigado a fazer o que a lei não ordena.
VI
A lei é a expressão de vontade geral; todos os cidadão têm o direito de concorrer pessoalmente ou pelos seus representantes para a sua formação; deve ser a mesma para todos, seja os protegendo, seja ela os punindo.
Todos os cidadãos sendo iguais aos seus olhos, são igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo as respectivas capacidades e sem outras distinções que não sejam as das suas virtudes e as dos seus talentos.
VII
Ninguém pode ser acusado, preso, nem detido, senão nos casos determinados pela lei, e segundo as formas por ela prescritas. Os que solicitam, expedem, ou fazem executar, ordens arbitrárias devem ser punidos; mas todo cidadão chamado em virtude da lei deve obedecer incontinenti; ele torna-se culpado em caso de resistência.
VIII
A lei só deve estabelecer as penas estritas e evidentemente necessárias e ninguém pode ser punido senão em virtude de uma lei estabelecida e promulgada anteriormente ao delito e legalmente aplicada.
IX
Todo homem é presumido inocente, até que tenha sido declarado culpado e se for indispensável será preso, mas todo rigor que não for necessário contra sua pessoa deve ser severamente reprimido pela lei.
X
Ninguém deve ser inquietado pelas suas opiniões, mesmo religiosas, desde que as suas manifestações não prejudiquem a ordem pública estabelecida pela lei.
XI
A livre comunicação das opiniões e dos pensamentos é um dos direitos mais preciosos do homem; todo o cidadão pode então falar, escrever, imprimir livremente; devendo responder pelos abusos desta liberdade em casos determinados pela lei.
XII
A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita uma força pública; essa força é então instituída para vantagem de todos e não pela utilidade particular aos quais é confiada.
XIII
Para manutenção da força pública e para os gastos de administração, uma contribuição comum é indispensável; ela deve ser igualmente repartida entre todos os cidadãos na razão das suas faculdades.
XIV
Os cidadãos tem o direito de constatar por si mesmo ou pelos seus representantes, a necessidade da contribuição pública, de a consentir livremente, de seguir o seu emprego, de determinar a quantidade e a duração.
XV
A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente público de sua administração.
XVI
Toda sociedade na qual a garantia dos direitos não é assegurada, nem a separação dos poderes determinada, não tem constituição.
XVII
A propriedade sendo um direito inviolável e sagrado, ninguém dela pode ser privado se não for por necessidade pública, legalmente constatada, sob a condição de uma justa e prévia indenização.
Dos princípios aí expostos, dois tiveram uma importância toda particular na constituição de 1791:
a) o princípio da soberania do povo, exposto no artigo III.
b) o princípio da separação dos poderes, exposto no artigo XVI e emprestado dos escritos de Montesquieu.
Como em um país tão extenso como a França, a nação inteira não poderia exercer diretamente a soberania, ela delega poderes: seu governo é representativo.


Sobre a Revolução Francesa, veja:


segunda-feira, 1 de abril de 2013

Os Regimes Totalitários: os Fascismos e o Nazismo


Você já deve ter ouvido falar do nazismo e do fascismo. Governos baseados nessas ideologias foram responsáveis pelo início da Segunda Guerra Mundial(1939-1945) e pela morte de milhões de pessoas. Ainda hoje podemos ver reflexos dessas ideologias em grupos de extrema-direita, como os Regimes Skinheads, o White Power, dentre outros. Vamos ver como essas ideias surgiram.

Os regimes fascista surgiram no chamado período entreguerras. A Primeira Guerra(1914-1918) provocou uma grande crise econômica e social na Europa, com milhões de pessoas afetadas, tendo que conviver com o desemprego, a fome, os ex-soldados invalidos... Tudo isso gerou uma descrença na democracia e no liberalismo, vistos como fracos no enfrentamento da crise.

Outra causa para o aparecimento dessa ideologia foi o medo provocado pela Revolução Russa(1917). Esse movimento levou a Rússia a adotar socialismo como princípio de organização social, estatizando as empresas, fazendo reforma agrária e acabando com a adotar propriedade privada. Essas ideias eram vistas como perigosas em meio à multidão em crise na Europa, pois poderiam se organizar e tentar fazer também uma revolução. Muitos europeus apoiaram o fascismo e o nazismo porque achavam que eles poderiam controlar a "onda revolucionária".

A Crise de 1929 foi outro fator decisivo para fortalecer o nazismo e o fascismo. Ela piorou a situação econômica e social na Europa, ao aumentar o desemprego e a inflação. Percebemos então que os anos 20 do século passado era um período fértil para o aparecimento dos regimes totalitário.
O totalitarismo é uma forma extrema de autoritarismo. O Estado totalitário se caracteriza pelo regime de partido único, pelo esmagamento de todo tipo de oposição e pela utilização do terror como instrumento de governo. Ele controla os meios de comunicação(rádio, televisão, jornais, etc), limita as liberdades individuais e coletivas, proíbe greves e persegue a todos que discordam do regime.

O primeiro país a adotar o fascismo foi a Itália, quando Benito Mussolini a governou, no final da década de oposição1920. Logo depois a Alemanha passa a ser governada pelo nazista Adolf Hitler e o fascismo se expande para outros países, como Espanha(Franquismo), Portugal(Salazarismo), dentre outros.

Vejamos algumas características das doutrinas e regimes fascistas e nazistas.

Nacionalismo. Exaltação do sentimento de nação. A política interna do país era subordinada aos interesses do poder nacional. A nação deveria estar acima das pessoas.

Militarismo. Segundo Adolf Hitler, principal líder nazista, "a guerra é a grande salvadora da humanidade, pois foi na guerra que a humanidade se tornou grande".

Unipartidarismo. Para os fascistas, a disputa do poder "divide" o Estado e uma nação forte deve ser invisível. Por isso, só permitida a existência de um partido, o partido fascista ou nazista.

Culto à Personalidade. Exaltação do chefe de Estado e de suas realizações. Criação do amigo do grande líder.

Expansionismo. A conquista de outros territórios fazia parte do projeto dos governos fascistas.

Corporativismo. Os sindicatos deveriam desaparecer e dar lugar às corporações, ou seja, organismos que reuniam patrões e empregados  cuja função era administrar a economia sob o controle do Estado.


Veja mais: