segunda-feira, 23 de maio de 2011

A República Velha


Vamos conhecer um pouco mais sobre a história do Brasil. O período qm que o país se tornou uma República.

 O que é uma republica? Vejamos o que o Aurélio nos informa: República:[Do lat. republica < res publica, 'coisa pública'.]1. Organização política de um Estado com vista a servir à coisa pública, ao interesse comum.2. Sistema de governo em que um ou vários indivíduos eleitos pelo povo exercem o poder supremo por tempo determinado.
Em 1889 o Brasil se tornou uma república. Tal mudança na organização política não resultou em transformações  significativas para as classes populares. O Povo assistia a tudo “bestializado”, sem saber direito o que estava acontecendo. Na verdade, muitos não viam diferença entre a Republica e a Monarquia, já que o poder político e econômico continuou concentrado nas mãos da elite agrícola. Não houve melhorias para a vida dos ex-escravos e para o restante da população pobre.

Os primeiros presidentes da república foram militares, Deodoro da Fonseca e depois  Floriano Peixoto. Foi o período da Republica da Espada. Rui Barbosa, que era ministro de Deodoro, criou um plano econômico para estimular o crescimento da industria. Começou a emitir papel-moeda em grande quantidade, o que acabou gerando especulação e uma alta da inflação. Tais medidas foram apelidadas de Encilhamento.

O período que vai da queda do Império até 1930 é chamado de República Velha, ou Republica oligárquica. Havia eleições para presidente da republica, mas essas eleições eram fraudulentas e manipuladas. Como já disse, o poder na realidade estava nas mãos da oligarquia. Mas o que eram as oligarquias? Oligarquia quer dizer “governo de poucos”. Na Republica Velha, somente alguns privilegiados  latifundiários é que tinham ligações com o Estado e recebiam apoio dele. Em cada Estado havia uma ou mais família que controlava toda a estrutura política. Desde o governo estadual até às prefeituras.
As duas oligarquias mais poderosas eram a paulista e a mineira. O presidente da Republica era eleito, mas o resultado das eleições era geralmente combinado entre as duas oligarquias. Tratava-se da célebre Política do Café-com- Leite. São Paulo era o estado mais rico do país por causa do café. Minas Gerais, com tradição pecuarista, era grande produtor de leite. Daí o nome “Café com Leite” para indicar esse domínio paulista/mineiro nas eleições presidenciais.

E como é que as outra oligarquias do país encaravam o fato de haver um esquema para que o presidente da Republica fosse sempre indicado por Minas e São Paulo, alternadamente?  Aceitavam porque eram mais fracos e estavam integrados a um esquema chamado Política dos Governadores. Essa política era uma espécie de acordo nacional entre todas as oligarquias estaduais. O presidente da Republica nem queria saber qual era a oligarquia que estava dominando cada estado. Ele simplesmente  apoiava essa oligarquia e pronto. Em troca, esperava que as oligarquias dos estados também o apoiassem.
Em cada estado, os governadores também precisavam trocar favores  com os coronéis. ( O coronel não era um militar. Esse era o apelido comum para o latifundiário. Os coronéis tinham força política no âmbito municipal. Ou seja, nas cidadezinhas do interior, mandavam no prefeito, no padre, nos vereadores, no delegado, no juiz nos comerciantes. Além disso, controlavam a multidão de eleitores da cidadezinhas e das áreas rurais por perto. Quase todo mundo votava no candidato que eles indicavam. Era como se tivessem um verdadeiro rebanho de pessoas que votavam servilmente, um verdadeiro curral eleitoral. Era fácil controlar o voto das pessoas porque o voto não era secreto. Esse controle dos votos da região pelo coronel era chamado de voto do cabresto.

 O principal produto brasileiro exportado era o café. Daí o grande poder que os cafeicultores possuíam. A partir de 1920 porém o café entrou em crise. A produção era muito grande, mas eles não conseguiam encontrar compradores para o café. Para não deixar os cafeicultores quebrarem  economicamente, o governo comprava a produção excedente, para que os preços não caíssem muito.

Percebemos então que a Republica Velha o poder estava concentrado nas mãos dos latifundiários. A sociedade brasileira porém não aceitou essa situação passivamente. Surgiram várias revoltas nesse período questionando tal estado de coisas. A Revolta Da Vacina(1904), Canudos, a Revolta no Contestado e o cangaço são exemplos da reação popular a essa exclusão social da Republica dos Coronéis. Mas isso é outra história, ou outro post.
Entretanto, deixo a pergunta: o coronelismo e o clientelismo ainda permanece em nossos dias no Brasil? Qual sua opinião?

Nenhum comentário:

Postar um comentário